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domingo, 11 de agosto de 2013
ENXAQUECA CRÔNICA: veja como amenizar a dor Especialista lista mitos e verdades sobre a doença e indica medidas para aliviar os sintomas - Doença que acomete três vezes mais mulheres do que homens, a migrânea – ou enxaqueca – crônica é uma condição que, muitas vezes, tem o diagnóstico tardio. Diferente dos outros tipos de dor de cabeça, a condição crônica se caracteriza pela presença da dor durante, pelo menos, 15 dias por mês, com duração de quatro horas, por mais de três meses. DOR DE CABEÇA E ENXAQUECA: COMO DIFERENCIAR - Segundo explica o neurologista Alcy Caio Meireles, existem mais de 150 tipos diferentes de dor de cabeça, que são divididos em dois grupos: primárias e secundárias. A dor de cabeça primária é a própria doença, sendo que existem vários tipos. Os mais conhecidos são a enxaqueca e a cefaleia do tipo tensional. No caso da secundária, o sintoma é indicativo de outra doença, como sinusite, problema visual, nos dentes e até mesmo tumor cerebral, dentre muitas outras. A enxaqueca crônica, portanto, se enquadra no primeiro caso. “É importante que as pessoas saibam que não existe cura para a doença, mas que é possível reduzir muito o número de crises com o tratamento adequado”, afirma o especialista. “Uma novidade é o uso de BOTOX®. Em muitos casos, ele conseguiu reduzir pela metade o número de dias e horas de dor dos pacientes. É um ganho muito significativo de qualidade de vida para estas pessoas”, ressalta. CAUSAS Segundo Dr. Alcy, é errado pensar que a alimentação não tem influência sobre a enxaqueca. “Apesar da questão da predisposição genética e do desequilíbrio químico cerebral, muitas vezes, maus hábitos e má qualidade de vida impactam diretamente na frequência e intensidade da dor”, afirma. Segundo o especialista, estes fatores podem desencadear as crises. Os principais são: Estresse físico ou emocional; Falta de sono ou sono muito prolongado; Jejum; Mudanças bruscas de temperatura; Ingestão de carne vermelha, laticínio, chocolate, café, bebidas alcoólicas, temperos e outros; Exposição a odores fortes ou ruídos muito altos; No caso das mulheres, queda dos níveis hormonais que ocorrem, principalmente, no período pré-menstrual. COMO CURAR ENXAQUECA: Segundo o neurologista, é importante que as pessoas entendam que a dor de cabeça não é uma normalidade e deve ser investigada sempre. “É fundamental procurar um especialista para obter o tratamento mais adequado, impedindo que a dor se torne crônica e interfira cada vez mais na qualidade de vida do paciente”, enfatiza. No entanto, o especialista lista algumas atitudes simples e emergenciais que podem ser tomadas nos momentos de crise para aliviar a dor e minimizar os sintomas da enxaqueca. Ficar em um ambiente escuro. “Foi comprovado por pesquisadores de Harvard e da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, que a luz, a partir da retina, ativa certos neurônios no cérebro que se conectam a outros que transportam a informação da dor, resultando no aumento da dor”, explica o neurologista. Parar o que está fazendo e relaxar. Minimizar os movimentos e buscar o relaxamento corporal, através da respiração profunda e da meditação, pode aliviar a enxaqueca. Dormir. Segundo Dr. Alcy, muitas vezes, a dor é tão intensa que impossibilita o sono. No entanto, quando possível, a atitude ajuda bastante. Aplicar gelo na área dolorida. O especialista recomenda fazer a prática por 15 a 20 minutos e esperar um pouco. Se necessário, repita o procedimento. “É muito comum, nos casos de enxaqueca crônica, que se aplique gelo na parte de trás do pescoço”, sugere. Tomar sorvete de limão (para náusea). “Em casos de crises fortes e intensas, o paciente pode sentir enjoo. Para diminuir este sintoma, indicamos tomar um sorvete de limão, segurando um pedaço no céu da boca por alguns instantes. Isso reduz a sensação de náusea”, afirma o neurologista. Ainda de acordo com Dr. Alcy, o uso indiscriminado de analgésicos pode agravar a dor. “Muitas pessoas optam por se automedicarem para resolver a dor naquele momento e, em seguida, voltam às atividades cotidianas. Na verdade, esta atitude só irá mascarar o problema e ainda poderá levar ao aumento da frequência e intensidade da dor”, alerta.
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